Seu filho já se queixou de dor de cabeça? Esse é um problema que atinge milhões de pessoas e não poupa nem mesmo as crianças.
As causas são as mais variadas possíveis, desde quadros simples, como viroses, até condições que necessitam de investigação mais detalhada, como tumores e malformações cerebrais.
Se a criança se queixa de dor forte ou muito frequente que não tem relação com outra doença, é indicado levá-la ao neurologista infantil.
Para o diagnóstico correto, é necessário observar as características da dor, associada à avaliação neurológica e a exames complementares.
Quanto temos que fazer exames complementares, como tomografia?
É necessário a realização de exames apenas nos quadro de dor com sinais de aleta, como quadro agudos e intensos. A indicação dessa investigação depende do padrão da dor e dos sintomas associados.
Será que é enxaqueca?
A enxaqueca é uma das causas mais frequentes de dor de cabeça entre as crianças. O seu diagnóstico não depende de exames e é baseado em critérios clínicos (características da dor) da Sociedade Internacional de Cefaleia.
Caso o seu filho tenha episódios de dor de cabeça, fique atendo a outros sinais que podem indicar a possibilidade de enxaqueca: dor pulsátil (lateja) e que piora com o esforço, intensidade de moderada a forte, presença de enjoo e de vômito, fotofobia (incômodo com a luz), fonofobia (desconforto com som) e alterações visuais (manchas brilhantes, visão borrada).
Como tratar as dores de cabeça na infância?
O tratamento vai depender da causa da dor de cabeça.
Nos casos de enxaqueca, as poções de tratamento incluem:
– Abordagem dos fatores desencadeantes e das rotinas da vida: diminuição das horas de sono, fatores alimentares (chocolates, corantes e horários irregulares das refeições).
– Tratamento agudo (na hora da dor): Os analgésicos, como paracetamol ou dipirona, são suficientes para o tratamento na maioria das crianças. No entanto, deve-se evitar o seu uso frequente, por ser um dos principais fatores desencadeantes da cefaleia crônica diária.
Nos quadros com enjoo ou vômito, recomenda-se o uso de medicamentos antieméticos, como o dramin.
– Tratamento profiláticos: busca a redução da frequência, da duração e da intensidade das crises de dor. Ele só é indicado, quando a frequência média de crises for igual ou superior a 3 episódios por mês.
Todos os casos com indicação de profilaxia devem ser encaminhados a um neurologista infantil, para avaliação especializada, para escolha da melhor medicação a ser utilizada, bem como, para verificar o tempo de tratamento.
SINAIS DE ALERTA PARA AS DORES DE CABEÇA NA INFÂNCIA
Quando grave e agudo:
– Aumento da frequência
– Intensidade da dor
Dor diária:
– Sintomas Neurológicos: Sonolência, Confusão Mental
– Dificuldade Motora ou Convulsão
– Vômitos persistentes ou de início recente
MARIA CELESTE JOTHA
Médica
CRM/PB 7536