Cada procedimento cirúrgico representa uma situação de estresse para o paciente. Por essa razão, a laparoscopia usa uma abordagem cirúrgica minimamente invasiva, uma vez que procedimentos menos invasivos geralmente resultam em um tempo de recuperação mais curto. Assim, não havendo comprometimento, o paciente está pronto para retomar à vida normal mais rapidamente, e o sucesso esperado do procedimento deve ser equivalente ou até melhor que o de uma cirurgia aberta.
Considerada mais uma evolução para os pacientes que precisam ser submetidos a procedimentos cirúrgicos, como cirurgias na parede abdominal (hérnias inguinais e ventral), na vesícula biliar, bariátricas, oncológicas (gástricas, hepáticas, pâncreas e de intestino) e endometriose, a cirurgia robótica traz algumas vantagens em relação à videolaparoscopia, que já foi uma grande mudança em relação à cirurgia aberta, feita através de um corte na parede abdominal .
Com a videolaparoscopia, a cirurgia bariátrica, por exemplo, já se tornou um procedimento minimamente invasivo, com riscos semelhantes ao de uma retirada de vesícula ou de uma cesárea. Apenas, fazemos cinco furinhos na parede abdominal do paciente, que, em pouco tempo, pode voltar às suas atividades rotineiras. Agora, estamos dando mais um passo: com a cirurgia robótica, o procedimento fica ainda mais seguro.
Uma das principais diferenças da cirurgia robótica é a precisão dos movimentos e a visão da câmera, a qual é em 3D, enquanto a por videolaparoscopia é em 2D. Em cirurgias revisionais, em que há maior aderência interna, e em cirurgias mais difíceis, que podem ser inviáveis por videolaparoscopia, a robótica pode evitar que o procedimento se transforme em uma cirurgia aberta.
Assim, como a videolaparoscopia, a cirurgia robótica contribui para um pós-operatório menos desconfortável, com redução do período de internação e com consequente retorno mais rápido às rotinas do paciente. Dessa forma, a intervenção cirúrgica é realizada por meio de um robô, que não opera sozinho, mas reproduz todos os movimentos do cirurgião, que comanda tudo através de um controle (similar a um joystick de videogame) próximo à mesa cirúrgica. É necessário, ainda, que um segundo cirurgião esteja ao lado do paciente, para manusear as pinças e fazer eventuais ajustes.
Um dos braços robóticos tem um laparoscópio, e os outros seguram pequenos instrumentos cirúrgicos que podem realizar incisões de menos de um centímetro. As pinças robóticas fazem movimentos de 360 graus e conseguem acessar regiões estreitas e angulosas, mediante movimentos de alta precisão, difíceis de serem realizados diretamente com a mão humana. Por meio de um monitor 3D, os médicos acompanham todo o procedimento com alta definição. Esse procedimento deve ser aplicado apenas por cirurgiões certificados, com treinamento específico, sendo importante buscar profissionais que já tenham ampla experiência nessa tecnologia.
O alto nível de segurança e de precisão do procedimento minimamente invasivo traz importantes benefícios aos pacientes: pequenas incisões, menor sangramento e diminuição das taxas de transfusão, menor tempo cirúrgico e de internação, menor risco de infecção, diminuição das dores e das complicações pós-cirúrgicas, rápida recuperação no período pós-operatório e retorno mais rápido às atividades diárias.
Dr. Péricles Oliveira
Cirurgião do Aparelho Digestivo
Cirurgião Videolaparoscópico
Cirurgião Bariátrico
CRM/PB 4113 I RQE 1988 | RQE 6141
• Especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo pelo CBCD/CMB
• Área de Atuação em Cirurgia Bariátrica e Metabólica Videolaparoscopia pelo CBCD/AMB
• Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica/SBCBM
• Membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva / CBCD
• Membro Titular da Sociedade Brasileira de Hérnia e Parede Abdominal / SBHERNIA
• Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica / SOBRACIL / Presidente do Capítulo Paraíba