Ao receber o diagnóstico de câncer, muitos pacientes veem seu mundo virar de ponta cabeça. Neste momento, ser proativo a respeito de seus cuidados pode dar-lhe uma maior sensação de controle e esperança. Um dos primeiros passos no combate ao câncer – e talvez um dos mais importantes – é a escolha de um oncologista.
Oncologia é a especialidade da medicina que lida com câncer (neoplasia). Trata-se de uma área abrangente que envolve desde o diagnóstico, tratamento e controle de sintomas até a reabilitação do paciente portador de uma neoplasia. Assim, o oncologista é exatamente aquele profissional qualificado capaz de guiar o paciente nessa jornada.
Diversos aspectos são relevantes na escolha de um profissional que conduzirá o paciente em uma trajetória que pode envolver inúmeras demandas. Um deles são as credenciais do oncologista. Saber se o profissional escolhido tem residência médica em algum centro de reputação nacional e reconhecido pelo Ministério da Educação é um dos fatores relevantes que devem ser levados em conta. Essa certificação dá a segurança de que o especialista tem os treinamentos, habilidades e experiência para prover os cuidados adequados em oncologia. Adicionalmente, a certificação de sociedades médicas nacionais e internacionais também corroboram esta segurança. No Brasil, a sociedade médica que certifica os oncologistas clínicos é a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica. Entre as mais importantes sociedades internacionais, estão: American Society of Clinical Oncology e European Society of Medical Oncology.
A qualificação de um oncologista não deve se limitar à residência médica. Saber se o especialista escolhido tem formações adicionais, como pós-graduação, experiência em centros internacionais de tratamento do câncer, bem como participação em estudos clínicos é relevante para o tratamento do paciente com câncer. Os estudos clínicos podem dar aos pacientes acesso a alternativas de tratamento que ainda estão em pesquisa, ofertando, portanto, mais opções terapêuticas. Ademais, o contato com centros nacionais e internacionais de tratamento permite que o paciente tenha disponível, mais facilmente, recursos nem sempre existentes em todo país.
Leve em conta também que não só aspectos estritamente técnicos devem ser considerados. Lembre-se que o oncologista será um profissional que acompanhará o paciente frequentemente, então, é importante que o paciente se sinta confortável. Avalie, portanto, a capacidade de comunicação do especialista escolhendo aquele com o qual se sinta à vontade e seguro para conversar e que dê suporte às informações que necessita. Clareza, segurança e gentileza são vitais na comunicação entre o oncologista e o paciente. Entre as habilidades de comunicação do oncologista, deverão estar contempladas: capacidade de explicar detalhes sobre a doença e tratamento, confiança nas informações passadas, respostas a todas as indagações do paciente, sugestão de várias opções de tratamento e levar em conta as preocupações, medos, anseios e preferências do paciente.
Não se esqueça que, considerando a importância do diagnóstico recebido, é muito frequente – e importante – que o paciente ouça a opinião de mais de um oncologista sobre suas opções de tratamento. O bom especialista compreende que o paciente deve ter acesso ao maior número de dados e respectivas terapias sobre seu caso. Sendo assim, não se sentirá preterido quando o paciente decidir ouvir outras opiniões, pois o paciente merece sempre o melhor cuidado possível.
Pensar nos detalhes ajuda a fazer a escolha certa (em muitos casos, familiares e amigos ajudam nessa hora). Considere a localização do profissional: atender perto de sua casa ou em diferentes locais ajuda a ter acesso ao especialista. Avalie e discuta a disponibilidade: ao escolher um médico, é fundamental considerar em quanto tempo é possível agendar uma consulta e, ainda, se o profissional escolhido terá disponibilidade de contato em necessidades mais urgentes.
Por fim, tenha em mente que o objetivo do oncologista será sempre tentar a cura do paciente. Para isso, a melhor estratégia de tratamento deve ser oferecida, levando em conta aspectos clínicos, sociais e financeiros. Em condições clínicas adversas, nas quais a possibilidade de cura parece distante, oferecer conforto com a melhora dos sintomas e, consequentemente, a extensão da sobrevida com qualidade dever se tornar o objetivo primário.
Dr. Bruno Brito
Oncologia Clínica
CRM/PB 11211 | RQE 5387
Dra. Mariana Alves Cartaxo
Oncologia Clínica
CRM/PB 9044 | RQE 6087
Dra. Marianna Nogueira Gadelha de Oliveira
Oncologia Clínica
CRM/PB 9487 | RQE 6892
Dr. Luiz Victor Maia Loureiro
Oncologia Clínica
CRM/PB 8766 | RQE 4324