Essa é uma questão que surge na cabeça de muitos homens, sobretudo, quando apresentam sintomas, como queda da libido ou quando há uma falha na “hora H”, o que chamamos de disfunção erétil. Pois é, cerca de 25% a 35% dos homens com disfunção sexual apresentam deficiência de testosterona.
Entretanto, o que muitas pessoas não sabem é que os hormônios masculinos, chamados andrógenos, têm um papel além da manutenção das funções reprodutivas e sexuais. Eles ajudam na composição corporal, na saúde de músculos e de ossos, no bom funcionamento da mente, no metabolismo das gorduras e, até mesmo, na produção do sangue.
Assim, é de se esperar que homens com níveis mais baixos de testosterona tenham consequências que vão além, ainda, pessoas com obesidade, com doenças crônicas, como diabetes e insuficiência renal, e aqueles que possuem saúde frágil, no geral, estão sob riscos ainda maiores. Os principais sintomas são alterações de humor ou até depressão, dificuldades para dormir, redução do desejo sexual, das ereções, mesmo daquelas ereções involuntárias que acontecem à noite ou logo pela manhã, e a perda de vigor e de disposição para as atividades diárias.
Se você tem esses sintomas, primeiramente, calma, pois há tratamento e o médico responsável por ele é o Urologista. Esse tratamento consiste em reestabelecer os níveis de testosterona e, assim, melhorar a qualidade de vida. Se deseja aumentar os seus níveis de testosterona, o primeiro passo pode ser dado por você! Perda de peso, realização de atividade física regularmente e tratar corretamente alguma doença que se tenha, são ações que podem contribuir muito no aumento dos níveis de testosterona.
O tratamento de reposição da testosterona pode ser feito por várias vias, pela pele, por injeções, a cada 3 meses, e por implantes que ficam abaixo da pele. Cada um deles apresenta pontos positivos e negativos, que devem ser discutidos entre o médico e o paciente. Nesse momento, porém, é importante quebrarmos vários mitos, ao contrário do que se diz, a reposição de testosterona NÃO aumenta nem o risco de doenças do coração, nem o risco de câncer de próstata ou de qualquer outra doença da próstata!
Vale lembrar que homens com câncer de próstata avançado, com câncer de mama e com insuficiência cardíaca não podem receber esse tratamento. O mesmo vale para quem ainda deseja ter filhos, pois o tratamento pode diminuir a produção de espermatozoides.
Agora, depois de saber de tudo isso, tenho certeza de que você conhece alguém da sua família ou amigo que apresenta esses sintomas!
Que tal mandar essa matéria para ele? Assim, eu e você podemos ajudar ainda mais, algumas pessoas.
RAFAEL MOURATO
Urologista
CRM/PB 8795 | CRM/PE 20721 | RQE 5420