Desafiado a resumir os ensinamentos de Buda em apenas duas palavras, o grande mestre zen Shunryu Suzuki respirou fundo: “Tudo muda”, respondeu. Se a impermanência é mesmo a grande constante da vida, o momento atual do Grupo Elfa também pode ser resumido brevemente: tudo se transforma.
Fundado em 1989, em João Pessoa-PB, a Elfa sempre se orgulhou de ser uma empresa familiar de fortes valores, a exemplo da origem do nome da companhia: as iniciais do seu idealizador, Edalmo Lopes Ferreira Assis. O segmento de atuação da Elfa sempre foi bastante específico: distribuição de medicamentos especiais (oncológicos e hospitalares). Com o passar do tempo, essas duas verdades desfizeram-se. A empresa deixou de ser familiar para se tornar uma potência nacional com claras aspirações disruptivas e o seu campo de atuação ampliou-se de tal forma que podemos definir seu trabalho, agora, como “soluções em saúde, a serviço da vida”. Um salto e tanto.
Talvez o grande catalisador dessa profunda transformação tenha sido a parceria com o Pátria, um dos maiores fundos de Private Equity do Brasil que, em dezembro de 2014, adquiriu o controle acionário da empresa. A Elfa é a primeira empresa do segmento a receber investimento de um Fundo de Private Equity e pioneira na implementação do compliance – necessidade que surge com o reforço na governança corporativa de uma empresa gerida por um fundo de investimento que administra capital estrangeiro no país.
Entre 2015 e 2020, o grupo viu seu faturamento anual aumentar exponencialmente. E esse profundo processo de transformação está sendo, também, uma oportunidade constante de aprendizagem, pois a empresa percebeu que lucrar não era suficiente. É preciso inovar para rentabilizar.
Dentro desse contexto transformacional, o Grupo Elfa adotou uma estratégia bem clara: colocou as pessoas no centro do plano e implantou a Unielfa (universidade corporativa Elfa), que teve a missão de ancorar as ações de atração, desenvolvimento e engajamento de gente. “Precisamos rever nossa estrutura organizacional constantemente para suportar o crescimento e, com isso, fomentamos o encarreiramento interno, adotamos práticas de desenvolvimento contínuo e, quando precisamos buscar profissionais no mercado, avaliamos muito bem o fit cultural dos candidatos. Nosso time é o fator estratégico e diferencial…”.
A diferença entre gestão de mudança e gestão de transformação é sutil na superfície, mas fica mais evidente conforme a toca do coelho vai ficando mais profunda. Sendo assim, a Elfa não está apenas buscando novas formas de fazer as mesmas coisas. Está criando novos segmentos de mercado.
Bom para o mercado de fármacos, afinal, a Elfa reconhece, dentro de todo esse cenário, que ser a conexão estratégica entre a indústria e o paciente deve ser sua maior missão. Além de ser bom para o Brasil: mais que atingir audaciosos objetivos, a Elfa quer deixar legados relevantes para a sociedade, mostrando que condutas éticas, consistentes e sustentáveis geram resultados.