Importância do tratamento especializado na evolução favorável dessas patologias
A Cirurgia Hepatobiliopancreática corresponde a uma área de excelência altamente especializada da Cirurgia Digestiva, estando aqui incluídas as cirurgias do fígado, das vias biliares e do pâncreas.
Em virtude da alta complexidade dessas doenças, do alto rigor técnico envolvido e do grande porte das cirurgias relacionadas, hoje é, na verdade, uma subespecialidade de excelência dentro da Cirurgia do Aparelho Digestivo.
Nesse grupo de cirurgias, são realizados os tratamentos de doenças benignas e malignas, tais como:
- Nódulos hepáticos
- Cistos hepáticos
- Câncer de vesícula biliar
- Câncer de via biliar
- Cistos de pâncreas (benignos e malignos)
- Nódulos de pâncreas (benignos e malignos)
- Transplantes de Fígado e de Pâncreas
Infelizmente, as doenças do fígado, das vias biliares e do pâncreas são, muitas vezes, diagnosticadas tardiamente, tornando muito difícil o tratamento com intenção curativa. Portanto, vamos aprender um pouco mais sobre as doenças nas quais o cirurgião hepatobiliopancreático pode te ajudar, proporcionando um diagnóstico efetivo e um tratamento de excelência. Confira abaixo algumas perguntas, mitos e verdades sobre doenças nessa área tão nobre da cirurgia digestiva:
O diabetes pode evoluir para um câncer no pâncreas?
Mito. O diabetes não é um fator de risco para o desenvolvimento da doença, porém diabetes súbito e intenso podem sim ser manifestações do surgimento de um câncer de pâncreas, principalmente, quando se desenvolve em pacientes não diabéticos ou em quem estava com a doença controlada.
O câncer no fígado pode ser causado por hepatites?Verdade. Infecções virais, como as hepatites B e C, se estiverem em atividade, podem se tornar fatores de risco para a forma mais comum de câncer de fígado, o hepatocarcinoma. A cirrose, outra doença que pode atingir o órgão, também pode ser relacionada às hepatites, além de predispor ao desenvolvimento de tumores no fígado. Outros fatores que podem ser relacionados ao surgimento de câncer de fígado são a ingesta de álcool e o uso de anabolizantes.
Pedras na vesícula podem aumentar o risco de desenvolvimento de tumores nesse órgão?
Depende. Essa possibilidade varia de acordo com o tamanho do cálculo. A maioria das pedras que aparecem na vesícula biliar costuma ter entre 0,5 cm e 1 cm e, geralmente, são removidas em conjunto com a vesícula biliar, por meio da laparoscopia, procedimento cirúrgico minimamente invasivo, mas, caso o tamanho do cálculo supere os 3 cm, é considerado fator de risco para o desenvolvimento do câncer de vesícula biliar, tumor de comportamento agressivo, na maioria dos casos.
Descobri um nódulo pancreático em um exame de rotina? Que devo fazer?
Um nódulo é definido como uma tumoração sólida que, no pâncreas, pode ser cística, sólido-cística e sólida. Para defini-lo, o cirurgião hepatobiliopancreático lança mão de alguns exames, para melhor elucidar o diagnóstico, como: tomografia e/ou ressonância magnética. A biópsia, nos casos de tumorações no pâncreas, está indicada em situações muito específicas e ocorre por meio da ecoendoscopia ou da punção guiada por tomografia.
Porém, o que deve ficar claro para o paciente é que nem todo nódulo pancreático é maligno. O maior problema na sua detecção é que, se não forem tratados, alguns podem, com o tempo, tornar-se neoplasias malignas.
Portanto, a consulta com um médico cirurgião especialista em cirurgia hepatobiliopancreática é fundamental para o êxito do tratamento.