O impacto da nutrição e do exercício na qualidade do sono

O estilo de vida ocidental tem imposto grandes sacrifícios às pessoas, nos últimos anos. Dentre os aspectos mais prejudicados estão o sono, a nutrição adequada e a prática de exercícios físicos regulares. Já é sabida a importância de cada um deles na qualidade de vida dos pacientes, mas você sabia da interferência que a nutrição e o exercício físico têm na qualidade do sono? 

O sono é um mecanismo ativo no qual o organismo executa processos homeostáticos relacionados ao metabolismo dos açúcares (como glicose), incremento na capacidade cognitiva (responsável pelo aprendizado), reparo muscular e é, ainda, durante esse período, que ocorre regulação do sistema imunológico. É por isso que negligenciar distúrbios do sono pode resultar em doenças, como obesidade, diabetes, hipertensão arterial, acidentes vasculares (por exemplo infarto e AVE), distúrbios de aprendizagem, demência e infecções de repetição.  

Com efeito, a nutrição pode influenciar na qualidade e na quantidade de horas do sono, tanto pelo tipo de nutrientes consumidos quanto pelo horário em que foram ingeridos, em relação ao momento do sono. Alguns alimentos podem promover ativação do sistema nervoso central e, dessa forma, causar atraso do início do sono. Alimentos cafeinados, como café e chocolate ou energéticos à base de taurina, não devem ser consumidos, no período noturno, por prejudicarem a secreção de melatonina e, assim, causarem insônia. 

De forma complementar, a obesidade e o sobrepeso, muitas vezes, resultantes de hábitos alimentares deletérios, interferem na qualidade do sono, uma vez que predispõem à Apneia Obstrutiva do Sono e à fragmentação desse, levando, de maneira crônica, à baixa qualidade de sono e a todas as doenças secundárias aos distúrbios do sono. 

Já no tocante ao exercício físico, a regulação do sistema ativador do cérebro e do sistema de sono recebe interferência direta da atividade corpórea, inclusive a prática de atividade física regular é considerada uma intervenção não-farmacológica de forte impacto para a melhoria do padrão de sono, segundo a American Sleep Disorders Association. O tipo de exercício, a duração e o horário de sua realização devem ser orientados para cada tipo de paciente, com o objetivo de efeito ótimo na qualidade do sono. 

Vários trabalhos científicos correlacionam a melhoria do sono com nutrição mais adequada e prática de exercícios físicos regulares. É por meio desse embasamento científico que resolvemos montar um programa multidisciplinar, com médico do sono, nutricionista e personal trainer, para conseguir melhorar o sono dos nossos pacientes. 

ARTHUR DE SOUSA PEREIRA TRINDADE
Otorrinolaringologia
CRM/PB 8803 | RQE 5683

LARISSA DE BRITO MEDEIROS
Nutricionista
CRN/PB 12952

ROMÁRIO LEITE
Personal Trainer
CREF/PB 3136

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