O câncer de intestino abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon e no reto (final do intestino, imediatamente antes do ânus). Também é conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal. No Brasil, já representa o segundo câncer mais frequente entre homens e mulheres.
Na maioria dos casos, quando descobertos precocemente, são curáveis. Eles normalmente iniciam-se por lesões precoces, benignas, chamadas pólipos, que crescem na parte interna do intestino grosso.
Os principais fatores relacionados são idade avançada, excesso de peso corporal e alimentação não saudável – ou seja, pobre em frutas, vegetais e outros alimentos que contenham fibras. O consumo de carnes processadas (salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru e salame) e a ingestão excessiva de carne vermelha (acima de 500 gramas por semana) também aumentam o risco para este tipo de câncer. Outros fatores relacionados à maior chance de desenvolvimento da doença podem ser história pregressa ou familiar de câncer de intestino, ovário ou útero, além de tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas. Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica, doença de Crohn e algumas doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC) favorecem, também, o surgimento desse tipo de lesão.
Diversas medidas podem ser tomadas para prevenir o câncer colorretal. Ter uma dieta saudável, com ingestão adequada de água e alimentos com fibras, perder peso, caso haja excesso, praticar atividades físicas regularmente e evitar o cigarro são essenciais para a prevenção do tumor de intestino.
Além disso, alguns exames são necessários, visto que nas fases iniciais o paciente não manifesta sinais ou sintomas. A recomendação atual é que os pacientes devem fazer uma busca ativa a partir dos 45 anos, mesmo sem nenhuma queixa evidente. Um dos exames indicados é a COLONOSCOPIA, que deve ser repetida a cada 5 a 10 anos.
Este exame é realizado com a introdução de um aparelho endoscópico próprio, por meio de sedação, depois de uma limpeza no intestino, na véspera, e permite uma avaliação detalhada do intestino grosso, bem como a retirada de pólipos que viriam a se tornar câncer com o tempo. A colonoscopia, assim, é um exame indolor, seguro e muito benéfico aos pacientes, quando bem indicado.
Portanto, previna-se e cuide da sua saúde como um todo e procure seu médico para iniciar os exames preventivos, caso já esteja na idade recomendada.
Dr. Gabriel Garcia
Coloproctologista
Endoscopista Digestiva
CRM/PB 7878
RQE 5630 | 5632
