A depressão é uma doença grave que pode acometer qualquer pessoa dos 9 aos 99 anos, com consequências graves para a pessoa, a família, os amigos, a sociedade, em si, e todos os que se envolvem com o padecente dessa doença. Muitas vezes, são taxados como pessoas fracas, culpam a “falta de Deus” ou, até mesmo, consideram como frescura, que não tem nada, o que acaba fazendo com que a psicofobia aumente e nos leve ao patamar de ser a segunda doença que mais mata no mundo, ou uma das que mais leva à incapacidade temporária ou definitiva.
Considerando a alta frequência da depressão na população em geral, os prejuízos ocasionados às pessoas portadoras, bem como o cenário de evidências terapêuticas efetivas para a depressão, é essencial a busca de conscientização sobre este tema. Essa medida, sem sombra de dúvidas, é de grande relevância no processo de ajuda a indivíduos portadores desse transtorno e tem impacto social relevante.
Indivíduos com depressão experimentam marcantes mudanças em suas vidas, em decorrência da maneira como se sentem. Tristeza excessiva (muitas vezes, sem motivação evidente), diminuição de prazer e interesse em atividades, sensação de cansaço e falta de energia, dificuldades de concentração, sentimentos de inutilidade e culpa, alterações do sono e do apetite e pensamentos de morte (podendo evoluir para ideação, planejamento e tentativa suicida) são exemplos de sintomas que caracterizam pessoas deprimidas. Na presença de algum desses, é chegada a hora de se procurar um psiquiatra.
Tais sintomas ocasionam sofrimento intenso a esses indivíduos, bem como prejuízos as suas vidas, sob diversas perspectivas (pessoal, profissional, escolar etc.). Ademais, o sofrimento psíquico parece-lhes inevitável, ao passo que o fato de não conseguirem “superá-lo espontaneamente” tende a trazer-lhes angústia gradativamente maior, o que pode levar a um ciclo vicioso e com piora do quadro apresentado.
Pessoas com depressão podem manifestar quadros bastante diversos, apresentando, concomitantemente, por exemplo, sintomas de ansiedade (sensação de tensão, preocupações excessivas, inquietude, etc.), mistos (mudanças bruscas do padrão do humor e comportamento), psicóticos (delírios e alucinações), entre outros. Desta forma, a adequada avaliação por um profissional devidamente qualificado (médico psiquiatra) é essencial para uma correta definição diagnóstica, bem como medidas de tratamento.
Diretrizes terapêuticas a partir de consensos internacionais norteiam as condutas frente a pessoas com depressão, de acordo com sua forma de apresentação e gravidade, de modo a ser obtida melhora completa do quadro. O seu tratamento pode incluir acompanhamento psicológico, educação do paciente sobre o tema e medicamentos psicotrópicos, devendo ser individualizado mediante cada situação específica, objetivando sua cura.
É muito sério para não se tratar com psiquiatra e muito grave para simplesmente não se tratar, afinal, o desfecho pode ser a perda de um amigo, de um parente ou até a própria vida. Em, aproximadamente, 90% dos suicídios a depressão estava presente. Portanto, cuide-se e cuide de quem você ama. Procure a ajuda de um psiquiatra que tenha o RQE (Registro de Qualificação de Especialidade).