Inclusão Social – A verdade consciente ou inconsciente

“Não basta declarar que não é preconceituoso, tem que agir, demonstrar.” (Aline Sueth) 

Está em alta falar de diversidade e equidade, assim como intensificar mais o termo inclusão em vez de integração. Mesmo assim muitas dúvidas pairam entre o que significa promover a diversidade, respeitar as diferenças e praticar, verdadeiramente, igualdade na gestão.  

“Na diversidade a ideia central é o acolhimento das diferenças de forma incisiva. Não, ninguém está falando que seja a absorção de crenças e valores alheios. Tampouco que não podemos mais ter opiniões, preferências e gostos.”

Para facilitar o entendimento do que é de fato promover a diversidade, proponho uma reflexão.

Vamos começar pensando em como um objetivo é alcançado, quais são os pilares para que isso aconteça: ter claro o porquê, o quê, o como, o aonde, o quando e o quem. Quando essas questões estão definidas corretamente e são bem executadas, o objetivo é atingido. O processo de exclusão e preconceito começa quando logo após definir um OBJETIVO damos um salto para idealizar o QUEM. Diante de um propósito a ser executado, consciente ou inconsciente, a maioria de nós constrói – e até visualiza – “QUEM” será capaz de alcançá-lo. Ou seja, antes de percorrer, sistematicamente, todos os pilares antecessores (na ordem descrita), já estabelece os estereótipos de “quem” poderá realizá-lo. Não seria problema pensar em “quem” se fosse apenas com a intenção de descrever as competências necessárias, porém, de forma geral, já colocamos aspectos físicos, origens sociais e credos na descrição desse “quem será capaz” e, com isso, a que “silo” ele pertence. Aí está o problema: entramos no modo excludente e não inclusivo por segmentar as capacidades (conhecimento, habilidades e atitudes) numa visão de grupos. Empregamos, como já disse, por querer ou não, preconceitos e nesse contexto não importa muito, para os afetados, se esses preconceitos são de forma direta ou indiretamente exercidos.

Perceba, quando seguimos o fluxo adequado: primeiro o porquê, depois o quê, na sequência o como, o aonde e o quando, nos damos conta que aspectos como raça, sexo, instituição na qual o indivíduo formou-se não farão a menor diferença e tudo fica centrado nas competências e habilidades necessárias.

Não é um exercício fácil para uma humanidade forjada em tirar conclusões como base em leituras visuais, superficiais e cada vez mais rápidas. Contudo é possível, sim, reconfigurar a maneira como construímos nossas conclusões e estabelecemos nossas decisões e atitudes sociais.

Algumas dicas para promover a verdadeira diversidade na sua empresa:

  1. Tenha claro quais são os objetivos do cargo e função, atividades e metas esperadas.
  2. Estabeleça as competências e atitudes necessárias para alcançar tais objetivos.
  3. Avalie candidatos e funcionários de acordo com suas realizações, conhecimentos, habilidades e ações.
  4. Contrate, reconheça e/ou promova sempre com base em fatos e dados, entregas e resultados reais.
  5. Reflita sempre: por que eu acho isso? Como eu conclui isso?

É uma verdadeira reeducação. Esteja atento as suas crenças e paradigmas, explícitos e implícitos. Esteja acima de tudo muito disposto a ressignificá-los e colaborar na construção de um mundo melhor.

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