Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico de autismo é clínico, ou seja, não existe um exame laboratorial ou de imagem que possa comprovar a presença do transtorno. Cabe ao neurologista infantil, através de critérios definidos internacionalmente, realizar essa tarefa.
Nesse processo, são necessárias avaliações clínicas do comportamento do paciente, associadas aos relatos dos familiares e dos demais profissionais.
Qual a causa do Autismo?
As causas do TEA não são totalmente conhecidas, mas, embora ainda não haja estudos conclusivos, as pesquisas científicas indicam uma predisposição genética. Há também alguns indícios de que fatores ambientais, como complicações durante a gravidez, podem ter influência.
Autismo tem cura?
O TEA é uma condição permanente que acompanha a pessoa por todas as etapas da vida, mas há tratamentos, com diferentes abordagens terapêuticas, que ajudam a amenizar os sintomas e a melhorar a qualidade de vida.
Existe tratamento?
O tratamento é multidisciplinar, ou seja, envolve o trabalho conjunto de vários profissionais de diferentes áreas: neurologista infantil, psiquiatra, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo, educador físico, fisioterapeuta, psicopedagogo, entre outros.
É importante ressaltar que existem vários graus de autismo e que as pessoas são naturalmente diferentes entre si, por isso, o tratamento e a sua resposta diferem de pessoa para pessoa. No entanto, o acompanhamento especializado desde o início da infância pode amenizar significativamente os sintomas.
Apesar de uma parte do sucesso terapêutico depender de características individuais do quadro de cada criança, há muitos fatores que podem ser trabalhados, para garantir uma melhor evolução:
– Idade do início da intervenção: quanto antes o tratamento começar, melhor será o prognóstico.
– frequência e intensidade das terapias;
– Abordagem com técnicas adequadas às características do paciente( ABA , DENVER , PECS , etc..);
– Comprometimento da família durante esse processo.
Existe remédio para autismo?
Não existe remédio para o autismo em si, mas os pacientes com TEA podem fazer uso de medicamentos, para tratar condições associadas, como insônia, hiperatividade, agressividade, falta de atenção, ansiedade, depressão e comportamentos repetitivos.
Meu filho vai se desenvolver normalmente?
Essa é uma das maiores angustias dos pais. A família deve sempre se esforçar, para identificar as potencialidades de seu filho, encorajando-o a enfrentar desafios como qualquer criança, sem adotar uma postura superprotetora. A criança precisa de se sentir desafiada, para ir em busca dos seus progressos.
Há casos de indivíduos que conseguiram uma boa evolução nas áreas cognitiva, afetiva, social e motora. Além disso, tiveram escolarização regular – com ou sem adaptação curricular – e obtiveram uma realização profissional e pessoal.
MARIA CELESTE JOTHA
Médica
CRM/PB 7536