Interação Social e Autismo

Por que é tão difícil seu filho socializar com outras pessoas?

Sabemos que crianças com Autismo (TEA) apresentam dificuldades na socialização, principalmente com os pares, ou seja, crianças na mesma faixa etária. Essa dificuldade pode estar presente em maior ou em menor grau a depender do nível do autismo que a criança apresenta.

O autismo (TEA) é um transtorno no neurodesenvolvimento que tem como sinais e sintomas a presença de déficits na comunicação e na interação social, além de apresentar alterações comportamentais como os interesses restritos e as estereotipias (movimentos repetitivos).

Os prejuízos na comunicação e na interação social das crianças estão diretamente ligados à falta de pré-requisitos que elas apresentam e que dão alicerce para que essas habilidades sociais se desenvolvam.

A criança com TEA (Transtorno do Espectro do Autismo) revela prejuízo no contato visual, na atenção ao nome, na atenção compartilhada, na imitação e em outros aspectos que estão associados ao desenvolvimento de habilidades mais complexas, como a comunicação social e a interação.

Por isso, é de fundamental importância que uma avaliação precisa seja feita e que os pontos deficitários sejam elencados, para que sejam trabalhados e estimulados e, assim, uma base de desenvolvimento será conquistada para que outras habilidades mais complexas sejam alcançadas.

A criança com TEA que não faz contato visual ou que não consegue mantê-lo terá dificuldades em observar expressões, realizar imitações, compartilhar atenção e interesses, por exemplo. A falta de imitação irá dificultar a aprendizagem não só de questões pedagógicas, mas também de habilidades motoras, do brincar compartilhado e da fala. A ausência de repertório comunicativo vai afetar diretamente a interação social. O déficit no brincar funcional vai prejudicar o interesse em dividir com as outras crianças a atenção e o engajamento. A ausência de repertório social, vai alimentar as dificuldades comunicativas pela falta das trocas sociais.

Portanto, é perceptível que uma base fraca não deixa o desenvolvimento acontecer de forma ampla e eficaz. Por isso, é de extrema importância que habilidades basais sejam estimuladas e adquiridas pelas crianças, para que, assim, elas possam avançar nos marcos de desenvolvimento, alcançando aspectos mais elaborados, como a comunicação e a interação.

Uma terapia individualizada, intensiva e com a participação da família é a mola propulsora para o desenvolvimento crescente das nossas crianças com TEA. Saber como promover, de forma natural e afetuosa, esses estímulos é de fundamental importância. Por isso, não deixem de procurar especialistas a partir do menor sinal de atraso que sua criança venha a apresentar. Quanto mais cedo a intervenção, melhor serão os resultados alcançados.

Dra. Tatianna Wanderley
Fonoaudiologa
CRFA 4-7542

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