A fertilização in vitro (FIV) é o tratamento mais eficiente para a maior parte dos casais com dificuldade para engravidar. Para que o procedimento tenha sucesso, um dos fatores mais importantes é a qualidade dos gametas (óvulos e espermatozoides).
Entenda a diferença entre a quantidade e a qualidade dos óvulos
A idade é um fator que impacta nessa relação. À medida que os anos vão passando, o número de óvulos que a mulher tem à sua disposição diminui. O patrimônio folicular reduz ciclo a ciclo, continuamente. E este processo não é passível de interrupção, pois ocorre por apoptose (morte celular programada geneticamente). A qualidade deles também piora com o envelhecimento. Assim, o mais frequente é vermos mulheres com idade reprodutiva avançada e uma baixa reserva ovariana e provável qualidade de óvulos também reduzida. Porém algumas mulheres jovens podem apresentar óvulos com baixa qualidade, o que nem sempre está relacionado à qualidade genética, mas celular.
Como a idade influencia na quantidade?
Importante saber que toda mulher já nasce com uma quantidade de óvulos considerável e essa quantidade vai diminuindo a cada menstruação. Aos 35 anos de idade, já está com um número bastante reduzido de folículos (que se tornarão óvulos).
Como a Nutrição e seus hábitos de vida podem ajudar a melhorar a qualidade dos óvulos?
Como falei antes, a quantidade dos óvulos cai naturalmente com o passar dos anos, mas a queda na qualidade não precisa ser na mesma proporção.
Para melhorar a qualidade dos seus óvulos:
Mantenha seu peso adequado: o sobrepeso e a obesidade interferem, diretamente, na fertilidade, uma vez que os níveis de gordura corporal prejudicam o equilíbrio hormonal. Além disso, as mulheres obesas respondem pior aos tratamentos de reprodução humana como a FIV.
Alimentação adequada: Ter uma boa alimentação é fundamental para o casal que deseja engravidar e devemos inserir no cardápio alimentos que ajudem a melhorar a qualidade dos óvulos e, também, dos espermatozoides, como os que contém nutrientes antioxidantes e anti-inflamatórios.
Suplementação individualizada: Diversos estudos têm demonstrado efeitos benéficos do uso de vitaminas e minerais antioxidantes sobre a qualidade dos óvulos e dos espermatozoides, como: Folato, Vitamina C, Vitamina E, Zinco, Selênio, L-carnitina, Coenzima Q10, EPA e DHA (Ômega 3), Vitamina D, entre outros.
Evite o consumo de álcool: Beber frequentemente piora a fertilidade, reduzindo as chances de ter uma boa gestação. Ademais, diminui a libido tanto no homem quanto na mulher, além de aumentar a probabilidade de aborto espontâneo e irregularidade do ciclo menstrual. Não fume: Fumar diminui a capacidade de produção hormonal, tanto em fumantes passivos quanto nos ativos. A nicotina também prejudica a estimulação ovariana e implantação dos óvulos.
Tayanne Nunes Sátiro Ferraz de Moura
Nutricionista Materno-Infantil
CRN/PB 6949