Presbiacusia! Sabes o que é e qual a importância do tratamento na qualidade de vida dos idosos?

A presbiacusia é uma doença que se caracteriza por uma perda na audição, progressiva, bilateral e simétrica, a qual surge com o avançar da idade (habitualmente, a partir da 5ª década de vida) e que resulta de uma combinação multifatorial.

Efetivamente, essa doença tem consequências a diversos níveis. A nível emocional, os doentes acabam por se sentir isolados, solitários, dependentes, inseguros, deprimidos, ansiosos, estressados, frustrados, com vergonha e até com sentimentos de inferioridade. A nível comportamental, por não conseguirem estabelecer relações, os doentes evitam as pessoas e as atividades que faziam antigamente, para não serem confrontados com as suas limitações. A nível cognitivo, está também demonstrado, nos doentes, confusão, dificuldade na concentração, deficit cognitivos e até demência. Perante essa realidade, é importante avaliar as consequências que todas essas transformações têm na vida dos idosos e, além disso, descobrir métodos que as possam avaliar. Assim, pode-se dizer que a presbiacusia é uma entidade que perturba o idoso, não só a nível da audição, mas em todas as vertentes da sua vida, sendo, por isso, essencial uma abordagem mais proativa e envolvente perante essa doença.

Para avaliar a perda auditiva, busque seu Otorrinolaringologista, que conduzirá e orientará alguns exames complementares, como a audiometria (tonal e vocal), a imitanciometria, as otoemissões, e, assim medida, programará a melhor opção terapêutica.

Apesar de não ser possível reverter os danos causados pela presbiacusia, se houver uma reabilitação adequada, pode ser possível reverter os efeitos psicológicos e ter uma melhoria funcional compensatória. Na verdade, o tratamento deve ir para além da recuperação da audição e envolver outros temas relevantes relacionados com o próprio reconhecimento da doença, com a comunicação, com a qualidade de vida, com o humor, com a cognição e com a saúde em geral. O objetivo final será assegurar que o doente consiga se comunicar efetivamente, em todos os ambientes, para além de uma melhoria do seu bem-estar geral.

O tratamento não consiste só no uso dos dispositivos de audição (aparelhos/implantes auditivos), podendo passar pela educação do doente e dos familiares sobre comunicação efetiva, como: falar frente a frente com calma, desligar outros ruídos de fundo, como televisão ou rádio, ter a certeza de que a mensagem foi transmitida e, caso não seja, repeti-la. Para além disso, deve ser sempre incentivado o apoio dos familiares e dos amigos do doente. Globalmente, foi também mostrado que o elevado apoio social pelos membros da família e pelos amigos contribuiu para um aumento significativo da qualidade de vida dos doentes.

Enfim, diante de um possível caso de presbiacusia, busque oferecer ao seu parente ou amigo o melhor tratamento. Leve-o ao Otorrinolaringologista para mantê-lo feliz e saudável.

FRANKLIN DANTAS
Otorrinolaringologista
CRM/PB 6141 | RQE 5265

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